
Segundo Kid Vinil, aceitar bons conselhos sobre quais bandas ouvir é outro problema da nova geração. Nos anos 70 e 80, como não havia a facilidade da internet, a pesquisa de sons nos vinis, garimpando novas bandas, era como “dar um tiro no escuro.”
“A gente tinha que gastar uma grana, comprar o disco e ver se o álbum valia a pena ou não. Hoje, as músicas estão disponíveis na internet, mas os jovens não estão a fim de ouvir o que é importante”, acredita o pai de “Tic tic nervoso”.
Para embasar sua tese, o cantor e jornalista resgata a experiência do seu programa no podcast, que era hospedado no site da MTV.
Enquanto ele veiculava sua seleção musical, levando aos internautas “coisas maravilhosas”, recebia, em contrapartida, uma série de email-s exigindo que incluísse no roteiro a banda alemã Tokio Hotel. “A criançada pedia que eu tocasse essa banda emo, que não tem o menor conteúdo, é uma coisa horrorosa!
Os músicos são fantasiados, bobos, a música é chata. Eu levava coisas maravilhosas para eles e ninguém se importava, estavam todos cagando para o som que eu mostrava! Ainda bem que eu vivi os anos 80! Que tipo de geração é essa?”
Mas o rock não está decadente ou prestes a bater as botas. Fora das grandes mídias, ainda há uma luz no fim do túnel, uma possível salvação das almas roqueiras, um – praticamente desconhecido – foco de resistência: a cena independente.
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